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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

LITERATURA DE INFORMAÇÃO

Não tem como falar das origens de nossa literatura sem citar a Carta a El-Rei Dom Manuel, composta por Pero Vaz de Caminha, escrivão da armada de Cabral. A epístola pode ser considerada o início de nossa literatura tupiniquim. Mas por que, se foi feita por um português?
O texto possui características literárias acentuadas em sua narrativa, além de meditar sobre a visão de mundo do homem lusitano, que dominou os três primeiros séculos da literatura brasileira. Nesse momento o Brasil era colocado na categoria de “objeto de uma cultura, o ‘outro’ em relação à Metrópole”, como justifica Alfredo Bosi.

Nos vídeos abaixo vocês poderão entender melhor como foi a impressão dos portugueses ao chegar em terras brasileiras. São vídeos escolares produzidos por alunos do Colégio Pedro II - Realengo e Escola Viva. Foram adaptações livres de "A carta de Pero Vaz de Caminha".





Em Portugal existe uma escultura chamada "Monumento aos Descobrimentos". Está localizada em Belém, Portugal, às margens do Rio Tejo. Esta obra foi criada para homenagear as descobertas portuguesas e representa 33 personalidades ligadas a essa fase da história. Nossa amiga Paula Caiban já esteve lá! Lindo, né?

        
 

A carta de Pero Vaz de Caminha também inspirou (sob uma nova ótica) poetas do Modernismo, como Murilo Mendes. Veja este poema chamado "A carta de Pero Vaz":

A terra é mui graciosa,
Tão fértil eu nunca vi.
A gente vai passear,
No chão espeta um caniço,
No dia seguinte nasce
Bengala de castão de oiro.
Tem goiabas, melancias.
Banana que nem chuchu.
Quanto aos bichos, tem-nos muitos.
De plumagens mui vistosas.
Tem macaco até demais.
Diamantes tem à vontade,
Esmeralda é para os trouxas.
Reforçai, Senhor, a arca.
Cruzados não faltarão,
Vossa perna encanareis,
Salvo o devido respeito.
Ficarei muito saudoso
Se for embora d'aqui.

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