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domingo, 16 de outubro de 2011

INTERTEXTUALIDADE NA ARTE

Podemos definir a intertextualidade como a relação entre dois textos literários ou não. Sabemos que toda obra direta ou indiretamente é oriunda de outra, por isso é possível encontrar em obras diferentes abordagens acerca do mesmo assunto.
Apresentaremos agora, considerando a forma e o estilo, a associação realizada entre textos literários e pinturas, a fim de exemplificar diálogos entre textos, verificando as semelhanças e a inter-relação que comentamos anteriormente:
Van Gogh. Café Noturno.



Alucinação de mesas
que se comportam como fantasmas
reunidos
solitários
glaciais.

Carlos Drummond de Andrade. Farewell. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1996, p. 33

Sandro Botticelli - O nascimento de Vênus.

A perfeição, a graça, o doce jeito,
A Primavera cheia de frescura,
Que sempre em vós floresce;
a que a ventura
E a razão entregaram este peito.



Frans Post. Povoado no
Basil.



A luz de três sóis
ilumina as três luas
girando sobre a terra
varrida de defuntos.
Varrida de defuntos
mas pesada de morte:
como a água parada,
a fruta madura.
João Cabral de Melo Neto.
Poesias completas. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968, p. 341.


Santa Rosa. Madrugada.







Não vê que me lembrei lá no norte, meu
Deus!
muito longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu,
Um homem (...)
Depois de fazer uma pele com a
borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu...


Mário de Andrade. Descobrimento. (Dois
poemas acreanos) In: Poesia completa. Belo
Horizonte/Rio de Janeiro: Villa Rica, 1993, p. 203.



Fonte: INEP – Enade 2008 /Letras
Luis de Camões. Obras. Porto: Lello & Irmãos, 1970, p. 50.

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