Podemos definir a intertextualidade como a relação entre dois textos literários ou não. Sabemos que toda obra direta ou indiretamente é oriunda de outra, por isso é possível encontrar em obras diferentes abordagens acerca do mesmo assunto.
Apresentaremos agora, considerando a forma e o estilo, a associação realizada entre textos literários e pinturas, a fim de exemplificar diálogos entre textos, verificando as semelhanças e a inter-relação que comentamos anteriormente:
Apresentaremos agora, considerando a forma e o estilo, a associação realizada entre textos literários e pinturas, a fim de exemplificar diálogos entre textos, verificando as semelhanças e a inter-relação que comentamos anteriormente:
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Van Gogh. Café Noturno. |
Alucinação de mesas
que se comportam como fantasmas
reunidos
solitários
glaciais.
Carlos Drummond de Andrade. Farewell. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 1996, p. 33
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Sandro Botticelli - O nascimento de Vênus. |
A perfeição, a graça, o doce jeito,
A Primavera cheia de frescura,
Que sempre em vós floresce;
a que a ventura
E a razão entregaram este peito.
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Frans Post. Povoado no Basil. |
A luz de três sóis
ilumina as três luas
girando sobre a terra
varrida de defuntos.
Varrida de defuntos
mas pesada de morte:
como a água parada,
a fruta madura.
João Cabral de Melo Neto.
Poesias completas. Rio de Janeiro: Sabiá, 1968, p. 341.
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Santa Rosa. Madrugada. |
Não vê que me lembrei lá no norte, meu
Deus!
muito longe de mim,
Na escuridão ativa da noite que caiu,
Um homem (...)
Depois de fazer uma pele com a
borracha do dia,
Faz pouco se deitou, está dormindo.
Esse homem é brasileiro que nem eu...
Mário de Andrade. Descobrimento. (Dois
poemas acreanos) In: Poesia completa. Belo
Horizonte/Rio de Janeiro: Villa Rica, 1993, p. 203.Fonte: INEP – Enade 2008 /Letras
Luis de Camões. Obras. Porto: Lello & Irmãos, 1970, p. 50.
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